segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Emoções e comportamento - Aprender com as emoções -

21 de janeiro de 2013 às 05:38
Créditos: Uma Voz para o Autismo - http://umavozparaoautismo.blogspot.com.br
Emoções e comportamento - AT EASE Model  - Aprender com as emoções - 

É comum que quando as nossas crianças parecem nervosas ou estressadas nós façamos de tudo para “fazer passar” e que elas voltem a estar contentes, porém nossas crianças precisam aprender a tolerar todas as emoções e a única maneira de aprender isto é se nós tolerarmos que eles sintam essas emoções desconfortáveis.  As pessoas com autismo precisam tolerar uma variedade de emoções negativas como: decepção, frustração, confusão, irritação, raiva, tristeza, etc Estas emoções NÃO precisam ser intensas, mas elas terão que tolerar até certo ponto, a fim de atingir níveis mais elevados de aprendizagem. A cada degrau do desenvolvimento vêm níveis mais elevados de habilidades, emoções positivas e negativas a serem reguladas de forma a optimizar o potencial de aprendizado.

As relações de maior confiança da criança é a mãe e o pai, por isso pai e mãe precisam estar na liderança para definir limites claros sobre o comportamento da criança. Se a mãe e o pai não puderem tolerar que ela sinta desapontamento, frustração, alegria, irritação, confusão, etc então a criança também não será capaz de tolerar essas emoções nela mesma.É importante ressaltar que NÃO queremos que a criança vivêncie o estresse além do que é adequado para a sua idade de DESENVOLVIMENTO.  Quando o adulto assume o controle e estabelece limites claros com compaixão, somente então poderá mudar como a outra pessoa se sente e DEIXAR de tentar controlar a situação e assim, mudar como ela pensa e se comporta, EXPANDINDO sua compreensão concreta da situação e seu crescimento.

As crianças julgam novas experiências baseadas em como a mãe e o pai reagem. Quando a criança se aborrece e a mãe e/ou o pai respondem a esse aborrecimento tentando “consertar", a criança percebe que seu aborrecimento valia a preocupação dos pais e, portanto, foi válido. Quando ela se aborrece e pai e mãe sorriem e continuam o que estavam fazendo, então ela percebe que seu aborrecimento pode não ser tão importante quanto ela pensava e, ela assim,  também aprende a ter mais tolerância para com emoções e experiências desconfortáveis.

Nós não poderemos sempre evitar as emoções negativas. O melhor é minimizar as emoções negativas e ensinar a pessoa com autismo como tolerar confusão, frustração, decepção, raiva, irritação, etc Quanto mais ela aprender a tolerar essas emoções, mais flexível ela estará em aprender coisas novas. NÃO é suficiente apenas manter a pessoa feliz. Como todos nós, o autista precisa aprender e crescer para ser verdadeiramente feliz na vida.

Mudar como a outra pessoa sente NÃO implica que nós precisamos que ele esteja feliz o tempo todo. Ela precisa SENTIR uma emoção que a motiva a aprender e crescer.

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