quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Os principais autores que tratam de aprendizagem e desenvolvimento:


Os principais autores que tratam de aprendizagem e desenvolvimento:
  1. William James:
            1842 – 1910: foi um filósofo e psicólogo americano e o primeiro intelectual a oferecer um curso de psicologia nos Estados Unidos. James foi um dos principais pensadores do final do século XIX e é considerado por muitos como um dos filósofos mais influentes da história dos Estados Unidos enquanto outros o rotularam de "pai da psicologia americana.
            Enfatizava a importância de se observar o ensino em sala, visto que em laboratório não era o que realmente acontecia em termos de aprendizagem.
  1. John Dewey:
            1859 – 1952: foi reconhecido como um dos fundadores da escola filosófica de Pragmatismo.
            A educação deveria ser focada na criança adaptando-a ao ambiente e preparando-a para o mundo.
  1. Edward Lee Thorndike:
            1874 – 1949: O principal representante do Associacionismo, e sua importância está em ter sido o formulador de uma primeira teoria de aprendizagem na Psicologia. Sua produção de conhecimentos pautava-se por uma visão de utilidade deste conhecimento, muito mais do que por questões filosóficas que perpassam a Psicologia.
            A educação passava pela mediação.
  1. Jean Piaget:
            1896 - 1980: foi pesquisador e filósofo suíço, formado em Ciências Naturais.
            TEORIA DA PSICOGÊNESE DE PIAGET
O desenvolvimento cognitivo e afetivo se dá em estágios sequenciais. Os estágios são:
  1. Sensório - motor de 0 a 2 anos;
  2. Pré - operatório de 2 a 7 anos;
  3. Operatório - concreto de 7 a 11 anos;
  4. Operatório - formal de 11 a 15 anos ou mais.
            A aprendizagem está condicionada ao desenvolvimento cognitivo e afetivo e seus estágios. Enquanto sujeito de seu conhecimento, o homem tem acesso direto aos objetos e eventos. Ao professor cabe pensar e desenvolver situações de aprendizagem que sejam ao mesmo tempo compatíveis com o estágio de desenvolvimento cognitivo no qual o aluno se encontra e representem, também, um desafio aos mesmos.
  1. Lev Semenovich Vygotsky:
1896- 1934: formado em Direito e estudou Literatura e História. 
            O desenvolvimento da estrutura cognitiva é um processo que se dá na apropriação da experiência histórica e cultural.
            O desenvolvimento e aprendizagem são processos concomitantes, interdependentes e recíprocos. Enquanto sujeito de seu conhecimento, o homem não tem acesso direto aos objetos e eventos. Este acesso é mediado pela linguagem. O professor é mediador do processo de ensino aprendizagem. Ação docente deve acontecer dentro da Zona Proximal. Para isso, ele deve conhecer os saberes prévios daqueles a quem ensina, planejar o processo de aprendizagem com o objetivo de atingir o potencial do aluno, em um processo de construção do conhecimento. O professor  nunca deve abrir mão da reflexão sobre sua prática pedagógica e deve encorajar o aluno assumir a responsabilidade por sua própria aprendizagem.

  1. Henry Wallon:
            1879 - 1962: pesquisador e professor francês, formado em Medicina e estudou Psicologia e Filosofia.
            O desenvolvimento afetivo e cognitivo se dá em estágios de maneira descontínua, a partir do potencial genético, inerente a espécie e a fatores ambientais e socioculturais. Os estágios são: 
  • impulsivo - emocional;
  • sensório - motor e projetivo;
  • personalismo;
  • categorial;
  • puberdade e adolescência;
            Desenvolvimento e aprendizagem são diretamente influenciados por aspectos culturais e orgânicos de cada indivíduo. Enquanto sujeito de seu conhecimento, o homem não tem acesso direto aos objetos e eventos. Este acesso é mediado pela afetividade. O professor e a escola cabe conhecer o contexto no qual a criança está inserida, ou seja, sua história. Isso trará possibilidade de compreensão da interrelação entre desenvolvimento dos domínios afetivo, cognitivo e motor.
  1. Erickson:
            1902–1994: o desenvolvimento humano ocorre em oito estágios psicossociais que têm por base as relações sociais. Em cada estágio, o ego (sentido freudiano) passa por uma crise (que dá nome ao estágio). Essa crise pode ter um desfecho positivo ou negativo. Da solução positiva da crise, surge um ego mais rico e forte; da solução negativa, um ego mais fragilizado.
            1. Confiança versus desconfiança: essa seria a fase da primeira infância, em que se inicia a relação social do bebê.
            2. Autonomia versus vergonha e dúvida: nessa fase, a criança já tem algum controle de seus movimentos musculares, então direciona sua energia às experiências ligadas à atividade exploratória.
            3. Iniciativa versus culpa: nesse estágio, existe um conflito entre o desejo de agir independentemente e a culpa que surge pelas consequências.      4. Diligência versus inferioridade: crescem as competências sociais e acadêmicas da criança. As dificuldades nesse estágio geram sentimentos de fracasso e inadequação.
            5. Identidade versus confusão de identidade: o adolescente precisa de segurança frente a todas as transformações — físicas e psicológicas — do período.
            6. Intimidade versus isolamento: ao estabelecer uma identidade definitiva e bem fortalecida, o indivíduo estará pronto para se unir a outra pessoa.
            7. Generatividade versus estagnação: nessa fase, o indivíduo tem a preocupação com tudo o que pode ser gerado, desde filhos até ideias e produtos.
            8. Integridade versus desespero: agora é tempo de refletir, rever a vida. Essa retrospectiva pode ser vivenciada de diferentes formas.