sexta-feira, 25 de abril de 2025

                                            ALGUMAS SIGLAS DE TRANSTORNOS

TDAH - TRANSTORNO DE DEFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

É um transtorno neurológico que vai afetar a atenção, o controle dos impulsos e regular a atividade  motora. Em geral o indivíduo é desatento, hiperativo e impulsivo, sem noção de perigo, o que irá afetar suas atividades de vida diária.


TOD - TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR

Condição comportamental caracterizada por padrão persistente de desafio, hostilidade e desobediência, principalmente em relação a autoridade; são indivíduos teimosos, provocadores, irritados e que argumentam excessivamente com frequência e persistência.  


TEA - TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO

Condição do neurodesenvolvimento que afeta a capacidade de se comunicar e interagir socialmente envolvendo comportamentos repetitivos e/ou restritivos; no caso do espectro do autismo existem graus: nível 1 de suporte é aquele que requer um certo apoio; nível 2 de suporte que necessita de apoio substancial e o nível 3 de suporte que requer apoio total (cada um destes níveis se dá de forma  diferente para cada indivíduo, visto que cada um é único).


TOC - TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO

Transtorno de saúde mental onde o indivíduo tem pensamentos obsessivos e comportamentos compulsivos, os quais podem causar ansiedade, impactando na sua qualidade de vida.


TAG - TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA

Distúrbio de ansiedade que causa uma preocupação excessiva e persistente, sendo estas desproporcionais aos fatos que a ocasionaram, vem acompanhadas de sintomas físicos como tensão muscular, inquietação, fadiga, irritabilidade e dificuldade de concentração.


TPAC - TRANSTORNO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO

Condição que afeta a capacidade de processar as informações auditivas (sons), o que pode ocasionar dificuldades na compreensão da fala e na interpretação de estímulos sonoros em determinados ambientes.


TEI - TRANSTORNO EXPLOSIVO INTERMITETNTE

Transtorno mental que é caracterizado pela explosão de raiva e violência desproporcionais, é um tipo de transtorno do controle do impulso - crises de raiva, agressão verbal e/ou física, destruição de objetos afetando sua vida social.


TPS - TRANSTORNO DO PROCESSAMENTO SENSORIAL

Condição em que o cérebro tem dificuldade na recepção e resposta aos estímulos e informações sensoriais (visão, tato, paladar, olfato e audição) recebidas, podendo apresentar sensibilidades a roupas, texturas, etiquetas, costuras causando desconfortos; intolerância a sons e ruídos, que para a população em geral seriam normais.


FONTE: Regina do Rocio Motta em suas aulas do curso de especialização em educação especial; vivencia em sala de aula; e cursos de neuropedagogia.


quarta-feira, 9 de abril de 2025

                                                                            ECOLALIA

ECO = REPETIR                          LALIA = FALA

O que é ECOLALIA?

É um distúrbio da fala bastante comum em crianças  neurotípicas que estão em processo de aprendizagem da fala e da escrita, no dia a dia todos em algum dado  momento usamos da ecolalia por exemplo: cantando dissertando um poema, porém isso passa despercebido. Contudo, esse distúrbio pode estar associado também a alguns transtornos neuropsiquiátricos como: autismo, perturbação de Gilles de la Tourette, esquizofrenia, catatonia, afasia, deficiência intelectual, síndrome de Down entre outros. Nele, o indivíduo repete de forma sistemática o que foi falado por ele mesmo ou por um interlocutor, sendo assim é um problema que atinge a fala e a linguagem.

Quais os tipos de ECOLALIA que existem?

Podemos dizer que existem quatro tipo: 

1. Ecolalia IMEDIATA: que como o nome diz acontece imediatamente após escutar algo. Por exemplo: "Oi, como vai?" e ao invés de dar a resposta, ela repete o que foi dito "Oi, tudo bem?"

2. Ecolalia TARDIA: quando ele repete, posteriormente, frases que já ouviu em conversas, filmes, propagandas, rádio, etc, Muitas vezes parecem frases desconectas do assunto tratado  no momento. Por exemplo: "não tem mais acabou" e repete isso várias vezes sem ter conexão com o assunto.

3. Ecollia FUNCIONAL MITIGADA: seria uma repetição tardia, porém com funcionalidade, isto é, tem sentido de comunicação. Por exemplo se ele ouve em um filme que uma criança se machucou e diz "muchuquei, vamos ao médico?" e de repente algo cai e quebra ele pode dizer "machucou, vamos ao médico?"

4. Ecolalia PARILALIA: é quando a criança repete palavras, frases ou sentenças que ela acabou de falar muitas vezes durante o dia. Por exemplo: a criança esta fazendo várias coisas tipo brincando, estudando e falando "hoje não tem sol"... "hoje não tem sol".

Quais as possíveis causas da ECOLALIA?

A neurociência ainda não sabe exatamente o que causa essa condição. Contudo sabe-se que é uma fase normal na aquisição da fala e, que cessa ou melhora por volta dos três anos de idade. Sabe-se também que algumas condições médicas podem estar ligadas a ecolalia, como o TEA - transtorno do espectro autista (onde aproximadamente 75% apresentam essa condição), o TDHA (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade), afasia, ferimento na cabeça, demência, atraso do desenvolvimento, encefalite, síndrome de Tourette, esquizofrenia, estresse, ansiedade, AVC (acidente vascular cerebral), entre outros. 

Essa disfunção, segundo pesquisadores, no lobo frontal, o qual é responsável pela memória, movimentos e pensamentos, pode se dar por uma desregulação de dopamina, muito ou pouco; por neurônios "quebrados", células nervosas que não funcionam direito e ainda por uma desconexão entre o que aprende e como responde - a fala.


Fonte de pesquisa: Observação direta de alunos; cursos de semana pedagógica; vídeo e internet.

                                                RETOMADA DOS POSTS...

Bom dia queridos amigos e leitores, estou retomando as postagens em meu blog. Aqui colocarei assuntos relacionados a educação, a educação especial, a pedagogia, a psicopedagogia e assuntos relacionados a educação em geral. 

BORA PARA NOVOS ASSUNTOS.  

sexta-feira, 27 de março de 2020


Testes para Avaliação Cognitiva

Os testes para avaliação cognitiva estão preparados para serem aplicados em todas as idades. Estes testes são utilizados para avaliar os processos cognitivos, sendo também utilizados como forma de rastreio e ajuda a crianças e adultos com dificuldades de aprendizagem ou outras problemáticas.
Listamos os Testes de Avaliação Cognitiva mais comuns:

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Os principais autores que tratam de aprendizagem e desenvolvimento:


Os principais autores que tratam de aprendizagem e desenvolvimento:
  1. William James:
            1842 – 1910: foi um filósofo e psicólogo americano e o primeiro intelectual a oferecer um curso de psicologia nos Estados Unidos. James foi um dos principais pensadores do final do século XIX e é considerado por muitos como um dos filósofos mais influentes da história dos Estados Unidos enquanto outros o rotularam de "pai da psicologia americana.
            Enfatizava a importância de se observar o ensino em sala, visto que em laboratório não era o que realmente acontecia em termos de aprendizagem.
  1. John Dewey:
            1859 – 1952: foi reconhecido como um dos fundadores da escola filosófica de Pragmatismo.
            A educação deveria ser focada na criança adaptando-a ao ambiente e preparando-a para o mundo.
  1. Edward Lee Thorndike:
            1874 – 1949: O principal representante do Associacionismo, e sua importância está em ter sido o formulador de uma primeira teoria de aprendizagem na Psicologia. Sua produção de conhecimentos pautava-se por uma visão de utilidade deste conhecimento, muito mais do que por questões filosóficas que perpassam a Psicologia.
            A educação passava pela mediação.
  1. Jean Piaget:
            1896 - 1980: foi pesquisador e filósofo suíço, formado em Ciências Naturais.
            TEORIA DA PSICOGÊNESE DE PIAGET
O desenvolvimento cognitivo e afetivo se dá em estágios sequenciais. Os estágios são:
  1. Sensório - motor de 0 a 2 anos;
  2. Pré - operatório de 2 a 7 anos;
  3. Operatório - concreto de 7 a 11 anos;
  4. Operatório - formal de 11 a 15 anos ou mais.
            A aprendizagem está condicionada ao desenvolvimento cognitivo e afetivo e seus estágios. Enquanto sujeito de seu conhecimento, o homem tem acesso direto aos objetos e eventos. Ao professor cabe pensar e desenvolver situações de aprendizagem que sejam ao mesmo tempo compatíveis com o estágio de desenvolvimento cognitivo no qual o aluno se encontra e representem, também, um desafio aos mesmos.
  1. Lev Semenovich Vygotsky:
1896- 1934: formado em Direito e estudou Literatura e História. 
            O desenvolvimento da estrutura cognitiva é um processo que se dá na apropriação da experiência histórica e cultural.
            O desenvolvimento e aprendizagem são processos concomitantes, interdependentes e recíprocos. Enquanto sujeito de seu conhecimento, o homem não tem acesso direto aos objetos e eventos. Este acesso é mediado pela linguagem. O professor é mediador do processo de ensino aprendizagem. Ação docente deve acontecer dentro da Zona Proximal. Para isso, ele deve conhecer os saberes prévios daqueles a quem ensina, planejar o processo de aprendizagem com o objetivo de atingir o potencial do aluno, em um processo de construção do conhecimento. O professor  nunca deve abrir mão da reflexão sobre sua prática pedagógica e deve encorajar o aluno assumir a responsabilidade por sua própria aprendizagem.

  1. Henry Wallon:
            1879 - 1962: pesquisador e professor francês, formado em Medicina e estudou Psicologia e Filosofia.
            O desenvolvimento afetivo e cognitivo se dá em estágios de maneira descontínua, a partir do potencial genético, inerente a espécie e a fatores ambientais e socioculturais. Os estágios são: 
  • impulsivo - emocional;
  • sensório - motor e projetivo;
  • personalismo;
  • categorial;
  • puberdade e adolescência;
            Desenvolvimento e aprendizagem são diretamente influenciados por aspectos culturais e orgânicos de cada indivíduo. Enquanto sujeito de seu conhecimento, o homem não tem acesso direto aos objetos e eventos. Este acesso é mediado pela afetividade. O professor e a escola cabe conhecer o contexto no qual a criança está inserida, ou seja, sua história. Isso trará possibilidade de compreensão da interrelação entre desenvolvimento dos domínios afetivo, cognitivo e motor.
  1. Erickson:
            1902–1994: o desenvolvimento humano ocorre em oito estágios psicossociais que têm por base as relações sociais. Em cada estágio, o ego (sentido freudiano) passa por uma crise (que dá nome ao estágio). Essa crise pode ter um desfecho positivo ou negativo. Da solução positiva da crise, surge um ego mais rico e forte; da solução negativa, um ego mais fragilizado.
            1. Confiança versus desconfiança: essa seria a fase da primeira infância, em que se inicia a relação social do bebê.
            2. Autonomia versus vergonha e dúvida: nessa fase, a criança já tem algum controle de seus movimentos musculares, então direciona sua energia às experiências ligadas à atividade exploratória.
            3. Iniciativa versus culpa: nesse estágio, existe um conflito entre o desejo de agir independentemente e a culpa que surge pelas consequências.      4. Diligência versus inferioridade: crescem as competências sociais e acadêmicas da criança. As dificuldades nesse estágio geram sentimentos de fracasso e inadequação.
            5. Identidade versus confusão de identidade: o adolescente precisa de segurança frente a todas as transformações — físicas e psicológicas — do período.
            6. Intimidade versus isolamento: ao estabelecer uma identidade definitiva e bem fortalecida, o indivíduo estará pronto para se unir a outra pessoa.
            7. Generatividade versus estagnação: nessa fase, o indivíduo tem a preocupação com tudo o que pode ser gerado, desde filhos até ideias e produtos.
            8. Integridade versus desespero: agora é tempo de refletir, rever a vida. Essa retrospectiva pode ser vivenciada de diferentes formas.