segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Educação no autismo: os desafios para conquistar a atenção dos alunos

 

18 de outubro de 2012 às 07:29
Por Igor Gadelha


Educação de crianças e jovens autistas é um grande desafio para os profissionais da área. Com a dificuldade de concentração e o isolamento característicos dos alunos com autismo, professores, terapeutas ocupacionais e psicólogos buscam as mais diferentes e criativas formas para conseguir chamar atenção desses estudantes, em um trabalho desenvolvido individual e coletivamente.
Um dos métodos de ensino mais utilizados é o TEACCH, que utiliza imagens no processo de aprendizado dos alunos autistas. A diretora da Fundação Projeto Diferente, Regina Rocha, explica que a metodologia busca uma organização mental do estudante. “Trabalha muito a terapia comportamental e a psicolinguística e dá para criança certa independência que ela não têm”, esclarece.
O TEACCH pode ser utilizado, segundo a diretora, de diferentes formas, dependendo do nível em que o autista se encontra. Regina afirma que a metodologia pode ainda ser aplicada junto a outros métodos, trazendo bons resultados. “É trabalhado o respeito às diferenças, o desenvolvimento e potencialidade das crianças, a estruturação do ambiente, a organização do espaço e da mente”, acrescenta.


Tratamento multidisciplinar é importante
 
Tratamento multidisciplinar é extramente importante para estudantes autistas, na avaliação da diretora da Fundação Projeto Diferente. Regina defende que a intervenção de terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e educadores físicos são fundamentais no processo de aprendizado. “A maioria apresenta autismo associado a outro distúrbio. Com essa equipe, facilita demais o trabalho”.
A instituição da qual Regina é diretora trabalha com 54 alunos autistas, entre quatro e 33 anos de idade.Segundo a coordenadora administrativa, Suerda Oliveira, os estudantes são divididos conforme o nível que cada um apresenta. “Quando chegam, a gente faz uma avaliação e coloca juntos de acordo com o nível. Eles vão mudando de turma conforme o desenvolvimento de cada um”, explica.


Apoio da família é fundamental
 
A participação da família no processo de educação é uma extensão do ensino, de acordo com a diretora da Fundação Projeto Diferente. “Os pais têm papel fundamental. Se o pai e a mãe conseguem organizar a casa para que dê continuidade ao tratamento, as chances de melhora são maiores. São ações simples, como ensinar a retirar o prato da mesa e levá-lo para a pia e estabelecer um horário para comer”, diz.
Na avaliação da coordenadora administrativa, a família pode destruir o trabalho desenvolvido na escola. “Mas quando eles dão assistência em casa, a gente nota que o resultado é bem melhor”, afirma. Na opinião de Suerda, o preconceito leva muitas famílias a agirem da forma errada com os filhos e parentes autistas. “Os pais, na maioria dos casos, ou superprotegem ou abandonam”, comenta.


Escola regular x escola terapêutica
 
A inclusão de alunos autistas em escolas regulares deve ser realizada cautelosamente. Segundo Suerda, é preciso que o colégio regular ofereça a estrutura e profissionais necessários para o tratamento do autista. Ela afirma, no entanto, que o preconceito nas instituições regulares ainda é grande, fazendo com que “muitos pais tirem os filhos dessas escolas”.


Fonte: www.jangadeiroonline.com.br/especiais/autismo/educacao.php

Serviço
Fundação Projeto Diferente
Endereço: Rua José Vilar, 938, Meireles
Telefone: (85) 3224.8831
E-mail: pdiferente@terra.com.br

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