domingo, 9 de outubro de 2011

CARACTERIZAÇÃO DA ABORDAGEM METODOLÓGICA DO TCC.

JAIR PEREIRA

REGINA DO ROCIO MOTTA

CARACTERIZAÇÃO DA ABORDAGEM METODOLÓGICA DO TCC.

Trabalho apresentado para o curso de graduação em Pedagogia, na modalidade EaD, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, como requisito de obtenção parcial de nota na disciplina de Prática Pedagógica IV.

CURITIBA

2011

O presente projeto será desenvolvido através de pesquisa-ação visto que sua utilização, suas características e suas vantagens, podem nos auxiliar a buscar soluções para alguns problemas do ensino e aprendizagem: “A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa com um nível de realidade que não pode ser quantificado”. (Minayo, 1994)

A pesquisa-ação é ainda pouco conhecida, mas é engajada e pode ser considerada independente, procura desenvolver o conhecimento, compreender e fazer pesquisa, objetivando melhorar a compreensão. Este tipo de pesquisa surgiu da necessidade de superar a lacuna entre teoria e prática, proporcionou um modo inovador no processo de ensino e na prática da sala de aula, integrando no trabalho professor, ajudando-o a encontrar soluções para problemas encontrados em sua práxis, atingindo bons resultados. Pois, a pesquisa-ação tem por objeto pesquisar ações, procura diagnosticar um problema e é um instrumento valioso, ao quais os professores podem recorrer com o intuito de melhorarem o processo de ensino-aprendizagem.

Utilizaremos nos, em alguns momentos, também de pesquisa qualitativa, como podemos perceber pela explicação de Chizzotti (2006, p.28), sobre o termo qualitativo:

 “implica uma partilha densa com pessoas, fatos e locais que constituem objetos de pesquisa, para extrair desse convívio os significados visíveis e latentes que somente são perceptíveis a uma atenção sensível.”

E ainda em quatro fases distintas, sendo assim, utilizaremos deste tipo de pesquisa para elucidar o problema.

Inicialmente, iremos investigar a referência documental já existente sobre o uso da informática no Ensino Regular e na modalidade da Educação Especial, ressaltando pontos relevantes da investigação; confrontando os resultados obtidos nesta fase da investigação, para tanto nos utilizaremos da pesquisa-ação. Como podemos ver pela descrição de Kemmis e McTaggart(1988), fazer pesquisa-ação significa planejar, observar, agir e refletir de maneira mais consciente, mais sistemática e mais rigorosa o que fazemos na nossa experiência diária. Para tanto levamos em conta que: Kurt Lewin (1946):

considerava que a pesquisa-ação é um processo de espiral que envolve três fases:

1. planejamento, que envolve reconhecimento da situação;

2. Tomada de decisão; e

3. encontro de fatos (factfinding) sobre os resultados da ação. Esse factfinding deve ser incorporado como fato novo na fase seguinte de retomada do planejamento e assim sucessivamente.

Já na segunda fase, será feita uma pesquisa de campo junto ás escolas (no mínimo três escolas) que ofertam educação especial, para saber se estão adequadamente estruturadas física e profissionalmente, a fim de que possam desenvolver um bom trabalho com a informática. Nesta fase serão ser feitas comparações entre as mesmas. Nessa direção, reportamo-nos à escrita de Barbier (2003) quando afirma que:

A pesquisa-ação torna-se a ciência da práxis exercida pelos técnicos no âmago de seu local de investimento. O objeto da pesquisa é a elaboração da dialética da ação num processo pessoal e único de reconstrução racional pelo ator social. (p. 59)



A terceira fase será realizada diretamente com um grupo de alunos da Escola Municipal Moradias do Ribeirão, no laboratório de informática. Nesta etapa da pesquisa, serão utilizados softwares educativos como, por exemplo: Aladim; Tarzan; Coelho Sabido – em suas varias versões; Sítio do Pica pau Amarelo; Micromundos, etc. para que os alunos se apropriem do conhecimento sistematizado de forma lúdica. Ao nos reportarmos a uma ação pedagógica de mudança de nossa práxis, queremos nos referir a uma pedagogia que deve implicar:

[...] atitudes problematizadoras e contextualizadoras das circunstâncias da prática; dentro de uma perspectiva crítica sobre as ideologias presentes na prática, tendo por objetivos a emancipação e a formação dos sujeitos da prática. (Franco, 2003, p. 88).

Seu desenvolvimento será acompanhado através de relatórios da professora regente, professores auxiliares e da professora do laboratório de informática.

            A última fase será a análise dos dados para a comprovação ou não da hipótese levantada.



Bibliografia:

BARBIER, R. A pesquisa-ação. Brasília: Plano, 2002.

CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais. Petrópolis: RJ: Vozes, 2006.

FRANCO, Maria Amélia S.. Pedagogia da pesquisa-ação. Disponível em:


ENGEL, G. I. Pesquisa-ação. Educar, Curitiba, n. 16, p. 181-191. 2000. Editora da UFPR disponível em: http://www.educaremrevista.ufpr.br/arquivos_16/irineu_engel.pdf  acessado em 08/10/2011.

Kemmis,S. and McTaggart,R. (eds) (1988) The action research planner, 3rd. Ed. Victoria: Deakin University.

LEWIN, K. Action research and minority problems. Journal of Social Issues, n. 2, p. 34-36, 1946.

MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 3 ed. Saõ Paulo / Rio de Janeiro: Hucitec – Abrasco, 1994.




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