quarta-feira, 16 de maio de 2012

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS

Artigo escrito pelo professor Lilo Dorneles, devendo ser utilizado apenas como parâmetro de estudo. Os créditos e  revisão textual são de responsabilidade do autor.
A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
Professor Lilo Dorneles
www.professorlilo.com.br
De acordo com Tolstoi, “A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família." É fundamental o resgate do respeito, do afeto, do carinho, sobretudo do amor verdadeiro nas famílias. Uma sociedade melhor começa em casa.

Cabe aos líderes da família, no caso o pai e a mãe, a responsabilidade de administrar essa instituição. O que nem sempre é muito fácil. Há pessoas que são exímios gerentes, gestores de empresas e tem muitas dificuldades para dirigir a sua própria casa, a sua família, o que muitas vezes acaba falindo.

Percebe-se que cada vez mais o ser humano se distancia do afeto, não sabendo como lidar com esse sentimento. E o afeto é a principal metodologia de administração da principal instituição da vida humana. A FAMÍLIA. Não é como administrar um negócio, necessita de um profundo equilíbrio entre o coração e a razão. Mesmo sendo parte uns dos outros, são seres muito diferentes convivendo intimamente, assim, por vezes não se compreendem não se conhecem e não conseguem lidar com os conflitos. Mesmo sendo famílias bem pequenas, composta por três pessoas em alguns casos, pai, mãe e um filho, não conseguem viver em harmonia e a turbulência toma conta das relações.

A sociedade atual está em crise de paciência – ciência da paz – sentimento esse que é a base da compreensão entre sujeitos humanos, deixa se manipular pela pressa, mergulhando nas frustrações da velocidade no mundo pós-moderno e escutando cada vez menos uns aos outros. O sentimento do egoísmo está em alta, “as minhas coisas..., o que eu tenho... os meus problemas..., o que eu faço..., o eu em primeiro lugar” impede de compartilhar e permitir que o outro compartilhe as suas vivências, suas histórias e os seus saberes. Impede o olhar para o outro exercitando com sensibilidade a compreensão do seu momento e de suas necessidades.



Muitos pais não têm tempo nem para si, que dirá para os filhos. Assim, tornase mais fácil fazer todas as vontades do que educar, pois educar demanda dedicação, tempo e vínculo. Produzindo com essa postura, um sujeito que não consegue viver em mundo real, com sérios problemas de comportamento e muitos conflitos nas relações humanas, pois o mundo de quem desenvolveu a cultura do ter tudo na hora que quer, sem regras, sem disciplina e tendo de uma forma ou de outra as vontades atendidas, não está de acordo com a realidade. Aquilo que num primeiro momento, para os pais, poderia ser algo bom para os filhos, mais tarde acaba se convertendo em dificuldades, sofrimentos e decepções.

O Art. 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente, lei 8069 de 1990, cita o seguinte:
Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e Educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.
Portanto, cumprir com eficácia o papel de pai e mãe é lei, porém, o que deveria ser algo natural, com amorosidade, boa vontade e consciência, ainda precisa estar presente através de um artigo na legislação para que seja cumprido, evitando muitas vezes o abandono e o desleixo daqueles que deveriam proteger, cuidar e educar. Portando, ensinar os limites para as crianças também é um gesto de amor, dar carinho e afeto é obrigação, é o papel dos pais.

Ensinar os filhos para serem vencedores, superar desafios com coragem e garra, não para serem melhores do que os outros, mas para que saibam usar da melhor maneira possível os seus próprios potenciais e habilidades, mesmo com todos os desafios que o dia a dia reserva, também fazem parte das tarefas dos progenitores. Prepará-los para que tenham consciência critica, saibam dizer não quando necessário e orientá-los é sempre o melhor caminho.

A insegurança está em todos os lugares, os jovens naturalmente são ousados e muitas vezes o desafio de transgredir as regras passa ser fonte de superação e prazer. A competitividade egoísta é o comportamento que impera e passa ser estimulado na sociedade, a mídia que entra diariamente nos lares, muda a cultura e os valores das pessoas, cria novas necessidades e convence os que não têm maturidade critica dos modismos que invadem as vidas, com um grande apelo visual, de forma sedutora e criando vícios e dependências precoces. Quando as crianças dessas realidades não têm os seus desejos atendidos, sentem a frustração
por não ter soluções fáceis para suas “necessidades”, buscando o refúgio nas drogas, nos furtos ou no crime. Portanto, Dialogar e compartilhar os desejos, sonhos, medos, conquistas, desafios, compromissos e responsabilidades. Trocar experiências, realizar atividades junto às crianças, na escola e em casa, construir laços de amizade e companheirismo para superar obstáculos e celebrar a vida é o melhor caminho para a família. Queremos uma sociedade melhor, pois é preciso começar em nossos corações e em seguida dentro de nossas casas.