quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Protestos/ proteção

encaminhando, vale a pena acreditar...



PROJETO DE LEI DO SENADO N.º 480, DE 2007, DETERMINA A
OBRIGATORIEDADE DE OS AGENTES PÚBLICOS ELEITOS MATRICULAREM SEUS
FILHOS E DEMAIS DEPENDENTES EM ESCOLAS PÚBLICAS ATÉ 2014...

 esse projeto obriga políticos a matricularem seus filhos em escolas
públicas...


Uma idéia muito boa do Senador Cristovam Buarque...

Ele apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito
(vereador, prefeito, Deputado, etc.) seja obrigado a colocar os
filhos na escola pública...

As conseqüências seriam as melhores
possíveis...

Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus
filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá
melhorar...

E todos sabem das implicações decorrentes do ensino
público que temos no Brasil...

SE VOCÊ CONCORDA COM A IDÉIA DO SENADOR, DIVULGUE ESSA MENSAGEM...

Ela pode, realmente, mudar a realidade do nosso país....

O PROJETO PASSARÁ, SE HOUVER A PRESSÃO DA OPINIÃO PÚBLICA...

Ainda que você ache que não pode fazer nada a respeito, pelo menos
passe adiante essa idéia...

http://www.senado.gov.br/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82166
http://legis.senado.gov.br/mate/servlet/PDFMateServlet?s=http://www.senado.gov.br/atividade/materia/MateFO.xsl&o=ASC&o2=A&m=82166

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Maquete....muito bom

PROJETO DE GEOGRAFIA – OFICINA DE MAQUETE.
Autora:
Estela Maria da Consolação Moreno Cortez.
Entidade:
APAMI – Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância.
CIAC – Centro Integrado de Atividades Culturais "Raymundo Andrade".
Endereço para correspondência:
Rua Pedro Feitosa, 02 – Vila Rica.
Cachoeiro de Itapemirim – ES
Cep: 29301-140
EU OUÇO E EU ESQUEÇO,
EU OLHO E EU LEMBRO,
EU FAÇO E EU ENTENDO!
(HENRY CASTNER).
APRESENTAÇÃO
A proposta de trabalho OFICINA DE MAQUETE, fundamenta-se nos pressupostos teóricos da Cartografia básica como instrumento da Geografia. De acordo com a definição de Cartografia apresentada pelo Atlas Geográfico Escolar do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia, "Cartografia é a representação geométrica plana, simplificada e convencional, do todo ou de parte da superfície terrestre, apresentada atravé de mapas, cartas ou plantas".
A representação do espaço geográfico através de mapas, permite a reflexão sobre a realidade vivida. Mapas possuem simbologias próprias (gráfica e cartográfica) portanto, através da comunicação visual, pode-se observar as várias representações da Terra. A leitura e interpretação de mapas podem interferir na forma de se enxergar o mundo. O projeto de Geografia – Oficina de Maquete, tem a mesma pretensão. Através da maquete, o aluno poderá fazer comparações de grandeza, interpretar inúmeros recursos visuais como mapas e fotos, além de fazer a "leitura" da tridimensionalidade permitida, já que a maquete utiliza a representação em três dimensões (largura, altura e comprimento).
A maquete é uma forma de registrar a superfície terrestre de forma reduzida, como na escala de um mapa. Dessa forma, o Projeto irá proporcionar ao educando perceber que a natureza, objeto de estudo da Geografia, deve estar sempre articulada à ação da sociedade, que se apropria e utiliza-se de vários recursos da natureza. Portanto, ao confeccionar uma maquete, deve-se levar em consideração as formas de apropriação e transformações da natureza pelas sociedades.
A técnica utilizada pelo Projeto, foi inspirada pela metodologia da Drª Maria Elena Simielli, e atualizada em cursos do Simpósio Ibero Americano de Cartografia Para Crianças, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro em 2002.
OBJETIVOS
Ler, analisar e interpretar mapas e sua linguagem cartográfica (hipsometria).
Compreender o espaço tridimensionalmente representado pela maquete, estabelecendo diferenças entre a verticalidade dos mapas e a obliquidade de fotografias aéreas.
Reconhecer e aplicar o uso da maquete como forma de organizar e conhecer a localização e distribuição de fenômenos naturais e humanos.
Considerar a maquete como instrumento de análise de espacialização geográfica.
Diversificar a maneira de aprender sobre a realidade, utilizando na maquete "artes plásticas", como linguagem relevante nos estudos geográficos.
Analisar e comparar, interdisciplinarmente, a importância do relevo e da preservação dos mananciais hídricos.
Considerar relevante a reciclagem de materiais como o papelão na sustentabilidade do meio ambiente.
METODOLOGIA
A criação de maquete por parte dos alunos poderá solucionar o problema da dificuldade na interpretação de mapas físicos, com representação de altimetria, batimetria, através de cores hipsométricas, pois o "abstrato" bidimensional do mapa, torna-se "real", nas três dimensões da maquete (largura, altura e comprimento).
A oficina de maquete utiliza uma técnica simples, onde os alunos irão transferir do mapa de representação física (representação de relevo e bacias hidrográficas) para folhas de papel vegetal as curvas de nível ou as cores hipsométricas e o conjunto de rios, sendo uma folha copiada para cada curva ou cor que represente a altimetria. Posteriormente, as folhas transparentes serão cortadas e sobrepostas uma após outra para o papelão numa base que poderá ser de madeira (representando a menor altitude).
Para um efeito visual mais bonito e melhor acabamento, a maquete deverá ser recoberta com massa corrida, lixada e pintada com tinta guache.
Os alunos poderão observar a tridimensionalidade, comparar com o mapa e apresentar o resultado concreto com a exposição das maquetes produzidas por todos os alunos.
AVALIAÇÃO
Os professores de Geografia irão coordenar e orientar todas as atividades desenvolvidas, desde a observação e leitura de mapas ao corte do papelão que irão representar as curvas de nível, ao acabamento das maquetes, na fase final do trabalho.
A observação dos professores irá facilitar o desempenho dos grupos de seus avanços.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Projeto de Geografia – Oficina de Maquete, irá propiciar ao aluno a leitura do espaço geográfico e ajudá-lo a compreender a espacialização dos aspectos físicos como a representação do relevo e bacias hidrográficas. Porém, é importante esclarecer que as maquetes não apresentam precisões na escala e, como todo e qualquer mapa que deforma a realidade através da planimetria em suas projeções, maquetes também podem apresentar generalizações quando representam as altimetrias.
RECURSOS HUMANOS
Professores de Geografia.
Coordenadora pedagógica.
Alunos do ensino fundamental (7ª e 8ª série).
RECURSOS MATERIAIS
Mapas diversos.
Papel Vegetal
Madeirite
Cola
Tesoura
Lixa
Pincel
Trincha
Tinta guache (cores diversas)
Papelão
Lápis
Registros fotográficos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Araujo, R.; Guimarães, R.B.R.; Costa, Wagner, 1998.Construindo a Geografia, Editora Moderna.176 páginas.
Atlas Geográfico Escolar – IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia), 2002. Rio de Janeiro.197 páginas.
Magnoli, D.; Araujo, R.; 2000. Projeto de Ensino de Geografia , Editora Moderna. 336 páginas.
Oliveira, E.A.; Apostila. 35 páginas.
Pereira, D.; Santos, D.; Carvalho, M.1999. Geografia Ciência do Espaço, Atual Editora. 193 páginas.
Projeto de Geografia – Oficina de Maquete.
Estela Maria da Consolação Moreno Cortez.
Instituição:
APAMI – Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância.
Subdivisão da Instituição:
CIAC – Centro Integrado de Atividades Culturais – "Raymundo Andrade".
Endereço para correspondência:
Rua Pedro Feitosa, 02 – Vila Rica
Cachoeiro de Itapemirim-ES
Cep: 29301-140
Endereço Eletrônico:
Morenocortez@zipmail.com.br
RESUMO
A Oficina de Maquete tem por objetivo principal, fazer com que o educando compreenda o espaço tridimensional representado pela maquete, estabelecendo diferenças entre o bidimensional do mapa e as três dimensões da maquete. Através da oficina, os alunos confeccionam maquetes que representam o relevo, utilizando uma técnica simples e desenvolvendo a capacidade de observação, pois os alunos passam para as folhas de papel vegetal as cores (hipsometria) dos mapas que representam o relevo ou mapas de curvas de nível (sendo uma folha copiada para cada curva ou cor hipsométrica). Posteriomente, as folhas de papel vegetal, com o rascunho das linhas serão cortadas, e sobrepostas, uma após a outra, em folhas de papelão. As folhas de papel vegetal servirão como "molde" e as folhas de papelão irão formar a representação do relevo. De acordo com o andamento do trabalho, os alunos irão colando as folhas de papelão cortadas, uma após a outra. A base deverá ser de madeirite, a maquete com as folhas de papelão deverão ser coladas na madeirite, e como acabamento final, os alunos deverão passar massa corrida, lixar e pintar de acordo com as cores hipsométridas.
Geography Project – Mockup Workshop.
Estela Maria da Consolação Moreno Cortez
.
Institution:
APAMI - Association of Protection and Assistance to the Maternity and Infancy
Subdivision of the institution:
CIAC – Integrated Center of Cultural Activities – "Raymundo Andrade".
Address for correspondence:
Rua Pedro Feitosa, 02 – Vila Rica.
Cachoeiro de Itapemirim-ES
Brasil.
Cep: 29301-140
Electronic address:
morenocortez@zipmail.com.br
ABSTRACT
The Workshop of Mockup has for main objective, to make with that educating understands the three-dimensional space represented by the mockup, establishing differences between bidimensional of the map and the three dimensions of the mockup. Through the workshop, the pupils confection mockups that represent the relief, using one simple technique and developing the comment capacity, therefore the pupils pass to vegetal sheets of paper the colors (hipsometria) of the maps that represent the relief or maps of level curves (being a leaf copied for each curve or hypsometric color). Posteriomente, the vegetal sheets of paper, with the rough draft of the lines will be cut, and overlapped, after to another one, in cardboard leves. The vegetal sheets of paper will serve as?molde? e the cardboard leves will go to form the representation of the relief. In accordance with the course of the work, the pupils will go glue cut cardboard leves, after to another one. The base will have to be of madeirite, the mockup with cardboard leves will have be glue in the madeirite, and as final finishing, the pupils will have to pass mass race, to sandpaper and to paint the hipsométridas colors in accordance with.

Atividades para o 4º ano

Atividades para trabalhar com 4º ano:
























Fonte: imagens da internet

Atividades para 3º ano

Atividades para o 3º ano



















Fonte: imagens da internet


domingo, 28 de agosto de 2011

Irene uma colega especial....

 Bom dia, boa tarde ou boa noite pessoas lindas,
Acordei hoje pensando em como sou abençoada por Deus e como tenho que agradecer a cada minuto por tudo que ele me dá, principalmente depois de ontem, vocês não fazem idéia de como fiquei feliz com a presença de cada um na minha humilde festa, esse ano aconteceu tantas coisas em minha vida que eu resolvi comemorar meu aniversário, não por ser apenas ser mais um ano, mas por ser um ano que realmente muita coisa eu tenho pra comemorar.
Quem me conhece, sabe o quanto eu acho importante dizer para as pessoas o quanto eu gosto delas, e esse é um momento que quero dizer pra  cada um de vocês o quanto são importante para mim, sempre digo que Deus não coloca as pessoas por acaso em nossas vidas, algum propósito ele tem, não tenho dúvidas quanto a isso princípalmente quando faço uma restrospectiva da minha vida, hoje pensando em cada pessoinha que estava do meu lado ontem, posso perceber o quanto cada um de vocês tem um significado em minha vida.
Vocês lembram mulherada quando cheguei em Curitiba?  quanto sufoco né? quem estava do meu lado? minha irmã, meu cunhado e depois as pessoas foram entrando em minha vida a Paty que logo, logo estará tão longe (só de pensar que ela via morar ali em Dubai e que não vai ser só o onibus do Gabineto que estará separando a gente, da uma dor no coração), a Francine casada quem diria gente? a Dé com uma filha linda no colo, a Gis casada, o Fabio e a Gi que ontem estavam ficando juntos indo pra Ponta Grossa olha quanto tempo de casados? E eu, conseguindo fazer o que sempre sonhei, trabalhar com criança especiais. Gente do cèu quanta coisa ja passamos juntos?
E agora os amigos novos, pessoas incríveis que estão me ensinando tanto a cada dia,  mulheres fortes que todo dia eu penso assim: quando crescer (se crescer kkkkk), quero ser profissionais igual a elas, a alegria contagiante da Regina e da Dalva, a Generosidade da Diva, a energia da Aline, a calma da Ana Liga, gente vocês não fazem idéia de como aprendo com vocês a cada dia, de como é bom e gratificante trabalhar do lado de profissionais como vocês.
Como disse antes, Deus sempre tem um propósito em nossas vidas e este ano ele me provou isso, depois do acidente minha vida mudou completamente e cada minuto eu quero agradecer e sempre dizer para as pessoas o quanto elas são importante pra mim e cada um de vocês É MUITO IMPORTANTE PARA MIM, OBRIGADA POR ESTAREM DO MEU LADO E POR ME FAZER MUITO FELIZ.

   

Beijinhos
Irene do Carmo

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O seu valor

O seu valor


Quanto vale uma nota de 100 reais?
Ela vale 100 reais.
Agora e se você pegar ela e dobrar no meio, quanto ela vale? 100 reais.
E se amassar essa nota toda, quanto ela passa a valer? 100 reais.
Se pegar, jogar no chão e pisar em cima. Sabe o que acontece com ela? Continua tendo o mesmo valor de 100 reais.
Muitas vezes enfrentamos situações em que somos dobrados, amassados, tentam pisar em nós e desvalorizar-nos.
Muitas vezes tentam te jogar pra baixo mas na verdade não podem.
Por mais que tentem não podem tirar o seu valor.
Você tem o seu valor e ele continua com você apesar de tudo que os outros possam fazer.
Deus fez você com um valor incalculável, saiba disso.
Você tem o seu valor mesmo que te digam o contrário. Passe a se valorizar mais. Dê a você mesmo o seu devido valor e não deixe os outros tentarem tirar isso de você.

O seu real valor.

Fonte: autor desconhecido

Formação de docentes..

Gestão Escolar

> Gestão da aprendizagem

> Formação de professores

Assim não dá!

A formação dos docentes não pode depender só da Secretaria

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Ilustração: Thiago Cruz
Não oferecer formação para os professores no contexto de trabalho e deixar que eles participem apenas dos encontros promovidos pela rede de ensino é uma medida comum no Brasil, conforme mostra a pesquisa Formação Continuada de Professores no Brasil: Uma Análise das Modalidades e Práticas, realizada pela Fundação Carlos Chagas a pedido da Fundação Victor Civita (FVC).

As reuniões com a equipe da secretaria de Educação são importantes por dar continuidade às políticas da rede, promover a troca de experiências entre as escolas e oferecer cursos de capacitação profissional para os professores. Porém, elas devem contribuir para aprofundar as concepções de ensino e de aprendizagem - nunca para substituir os momentos de estudo coletivo dirigidos pelo coordenador pedagógico e realizados na própria escola.

A formação em serviço deve ocorrer com regularidade, pois só assim permite debater as demandas específicas da equipe docente. É a ocasião em que os professores expõem aos colegas as práticas bem-sucedidas e medidas adotadas na resolução de problemas. "Trata-se de um espaço para a socialização e a discussão dos saberes adquiridos", diz Silvana Tamassia, que foi coordenadora pedagógica por seis anos e é professora de Pedagogia da faculdade União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo (Uniesp).

Uma análise dos resultados das avaliações externas e internas e dos conteúdos nos quais as turmas têm mais dificuldade pode fornecer subsídios valiosos para as pautas desses encontros. No entanto, é essencial que o coordenador esteja bem preparado e invista na autoformação. "Assim, ele ajuda a motivar a equipe e cria uma cultura colaborativa, de partilha de conhecimentos e da aprendizagem com os erros individuais e dos colegas", afirma Patrícia Albieri de Almeida, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas (FCC) e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.
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Publicado em GESTÃO ESCOLAR, Edição 014, Junho/Julho 2011. Título original: Depender só da rede

!º ou 2º ano Folclore

Ensino Fundamental 1

> Língua Portuguesa

> Alfabetização inicial

> Leitura pelo professor

Sequência Didática

Primeiras leituras de Monteiro Lobato

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Introdução
A leitura em voz alta, feita pelo professor, para seus alunos, tem um enorme potencial educativo: permite que as crianças conheçam (ou reencontrem) obras e autores, se encantando, com isso, pelas maravilhas da literatura; apresenta a elas algumas das razões que levam os leitores adultos a ler, ajudando-as na identificação de seus próprios motivos para buscar essa atividade; permite que, no momento da leitura, a sala toda esteja unida em torno das emoções e do prazer que essa leitura desencadeia - como uma verdadeira comunidade de leitores - e que, depois, dela, todos possam trocar ideias e discutir as impressões que tiveram, seus personagens preferidos, os momentos de medo ou suspense, outros finais possíveis etc., conhecendo o ponto de vista de outros leitores sobre a leitura realizada e com isso aprofundando sua compreensão, aprendendo a apreciar outras opiniões e também a fundamentar melhor as suas.
Além disso, a leitura em voz alta, pelo professor, tem a função de possibilitar que as crianças participem da leitura de obras que ainda não teriam autonomia para ler sozinhas. É o caso dos textos de autores clássicos da literatura infanto-juvenil ou da leitura de livros por capítulo.
Essa sequencia didática tem, portanto, o objetivo de apresentar Monteiro Lobato às crianças de 1º e 2º anos do Ensino Fundamental, por meio da leitura integral de uma obra, O Saci, e de trechos de uma outra, O Picapau Amarelo.
A escolha dos livros
Monteiro Lobato é um autor importantíssimo da literatura brasileira, que dedicou boa parte da sua obra às crianças. A leitura de seus livros, com os personagens do Sítio do Picapau Amarelo, foi determinante para que gerações de crianças se apaixonassem pela leitura. Isso fica ainda mais claro quando temos a oportunidade de conhecer os autores que marcaram a trajetória de leitura dos atuais autores de literatura infanto-juvenil brasileira: Monteiro Lobato aparece na maioria delas.
Por tudo isso, podemos considerar que é papel da escola, hoje, apresentar Monteiro Lobato às crianças e possibilitar que elas vivam, também, a experiência de leitura tão encantadora que sua obra proporciona ao leitor.
Pensando nas crianças de 1o e 2o ano, duas obras de Lobato são excelentes pontos de entrada para o universo de sua obra: O Saci, porque apresenta o sítio e seus personagens em aventuras com elementos do folclore brasileiro, e O Picapau Amarelo, que faz o mesmo, mas com personagens do mundo das fábulas e contos de fada. Nos dois casos, os pequenos têm vários conhecimentos prévios que apoiam esse ingresso no universo literário de Lobato: os conhecimentos do folclore brasileiro, da literatura dos contos de fada e das versões televisivas do Sítio do Picapau Amarelo.
Objetivos
- Conhecer um autor importante da literatura brasileira: Monteiro Lobato.
- Identificar alguns elementos que caracterizam a obra desse autor.
- Ter acesso a textos de boa qualidade literária e compartilhar do prazer de lê-los.
- Participar de situações de intercâmbio de ideias, preferências e opiniões acerca da leitura de obras desse autor.
- Ter a experiência de ler narrativas longas, organizadas em livros por capítulos.
Conteúdo
Leitura.
Anos
1º e 2º anos.
Tempo estimadoDe 2 a 3 meses.
Material necessário
Livros O Saci e O Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato.
Desenvolvimento
1ª etapa: Apresentação do autor e dos livros que serão lidos na sequência
Compartilhe com os alunos o objetivo da sequência didática: conhecer um autor muito especial para as crianças brasileiras, que, inclusive, foi o autor preferido de outros autores queridos pelas crianças como Ana Maria Machado, Ruth Rocha. Você pode ler para seus alunos os depoimentos abaixo, em que essas autoras comentam a importância da leitura dos livros de Monteiro Lobato, quando eram pequenas:
Eu tinha adoração por Monteiro Lobato, queria morar no Sítio do Picapau Amarelo. Eu lia aquilo tudo e imaginava Manguinhos sem o mar. Para mim, o Sítio era Manguinhos sem o mar. Em vez do mar tinha um ribeirão, mas o resto era tudo igual. Quando acabei de ler o último livro do Lobato, li e reli, e pensei: "E agora?". Não tinha mais livros dele, pois ele já tinha morrido, não iria escrever mais. Comecei a infernizar meu pai: "Quero outro livro assim, quero outro livro parecido". Então, ele me deu uns livros da Condessa de Ségur, mas eles nem se comparavam aos de Lobato. Era uma coisa meio chata, que não me satisfazia. E continuava a apoquentá-lo: "Quero outro assim, quero um livro que continua". Eu tinha alguma coisa parecida com aquilo que os meninos de hoje têm em relação à Harry Potter. (Ana Maria Machado)

Meu primeiro livro está esquecido hoje: O Garimpeiro do Rio das Garças. Minha mãe trouxe-o para mim. Adorava esse livro. Anos depois, como escritora, fui a uma exposição na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, na Vila Buarque, em São Paulo, sobre Lobato. Comecei a olhar os livros e encontrei O Garimpeiro do Rio das Garças. Era de Monteiro Lobato! Está publicado, mas ninguém fala desse livro. Quando ele fez as Obras Completas, não pôs esse livro, não sei por quê. Arranjei uma cópia, comprei e falei: "Deve ser ruim esse livro, porque ele excluiu". Nada, é ótimo! Acho que pensou que sua obra era só a do Sítio... Esse foi o primeiro livro que li. No entanto, antes de saber ler, minha mãe já lia Lobato para nós. Ela lia muito para nós, leu a obra toda de Monteiro Lobato. Mesmo depois, quando a gente já sabia ler, ela continuava lendo. E a gente adorava. Eu gostava tanto de Monteiro Lobato que chorei quando ele morreu, em 1947. Pensei: "Nunca mais vai ter livro do Lobato". Tinha dezesseis anos e fiquei com saudade dele. Já lia de tudo, lia livro de adulto Hemingway, Steinbeck, e tinha saudade do Lobato! (Ruth Rocha)

(Os depoimentos acima fazem parta do livro Memórias da Literatura Infantil e Juvenil: trajetórias de leitura. Editora Peirópolis, 2009)
Em seguida, pergunte às crianças o que elas conhecem sobre o Sítio do Picapau Amarelo e seus personagens. Vá alimentando a conversa apresentando informações sobre o sítio e também sobre o autor e seu contexto, com informações sobre como era a sociedade no tempo em que viveu, sua profissão, sua atuação como escritor, sua vida etc.

Para que essa seja uma boa conversa, prepare-se com antecedência: você pode encontrar muitos dados interessantíssimos sobre o autor em sites como estes:
http://almanaque.folha.uol.com.br/monteirolobato.htm
http://lobato.globo.com/
http://www.vidaslusofonas.pt/monteiro_lobato.htm
http://www.projetomemoria.art.br/MonteiroLobato/index2.html
http://tudosobreleitura.blogspot.com/2010/03/entrevista-tatiana-belinky.html
Em seguida, apresente os livros que farão parte da sequência: O Saci e O Picapau Amarelo. Explore a capa e a contracapa, compartilhando com os alunos as informações ali apresentadas. Comente com as crianças que primeiro vocês lerão juntos O Saci e depois vão conhecer alguns capítulos do livro O Picapau Amarelo.
Leia, então, em voz alta, o primeiro capítulo de O Saci - "Em férias"-, para seus alunos e, ao final da leitura converse com eles sobre o que foi lido, perguntando como eles acham que seria passar as férias no Sitio, o que eles pensam que poderá acontecer durantes essas férias etc.. Combine que, a partir da próxima aula, você lerá um capítulo desse livro, todos os dias, para sua turma.
2ª etapa: Leitura integral (por capítulos) da obra O Saci
Nessa etapa você vai proporcionar a seus alunos a experiência de acompanhar a leitura integral de um livro por capítulos. Para tornar essa experiência significativa e possibilitar a seus alunos toda a delícia e riqueza que a leitura de uma obra de Monteiro Lobato pode proporcionar, é fundamental que você se planeje para essa atividade.
Antes da aula, prepare-se para a leitura em voz alta, lendo o capítulo e antecipando comentários, ideias, emoções e experiências que essa leitura desperta ou evoca, e que você pode compartilhar com seus alunos no intercâmbio após a leitura.
Na aula, retome com seus alunos os acontecimentos do capítulo anterior e, leia o título do capítulo que será lido naquele dia, levantando com os alunos hipóteses do que poderá acontecer na leitura desse novo capítulo.
Leia com entonação, demonstrando entusiasmo pela história e interpretando as emoções despertadas por ela. Não substitua palavras, nem pule trechos. As crianças são capazes de entender a partir do contexto - e na leitura de obras longas elas, ao mesmo tempo em que se apropriam do universo da história, vão se apropriando também de um universo de termos e expressões que ali aparecem. Combine que as dúvidas poderão ser tiradas sempre ao final da leitura. No caso de dúvidas sobre palavras, volte ao trecho em que elas aparecem e releia para os alunos, discutindo se o contexto da história permite que se descubra o significado provável da palavra. Caso isso não seja possível, informe aos alunos o significado ou combine de fazer a busca, depois, no dicionário.
Terminada a leitura, converse com as crianças sobre o capítulo, as aventuras que ele apresenta, as emoções que desperta. Procure criar condições para que as crianças escutem as ideias umas das outras e troquem opiniões. Para isso, você pode reapresentar para a sala o comentário feito em voz mais baixa por um dos alunos, ou devolver para a sala uma pergunta feita a você... O importante é instituir a prática de troca de ideias e opiniões após a leitura.
3ª etapa - Leitura de trechos da obra O Picapau Amarelo
Terminada a leitura de O Saci, pergunte às crianças o que acharam da história, de seus personagens, do final escolhido por Monteiro Lobato.
Comente com a classe que enquanto no livro O Saci aparecem muitos personagens do folclore brasileiro, em outro livro de Lobato, O Picapau Amarelo, aparacem personagens dos contos de fada, de histórias famosas como as de Dom Quixote e Peter Pan e da mitologia grega. Pergunte a eles o que acham que pode acontecer quando personagens assim participam de aventuras no Sítio.
Para alimentar essa conversa, você pode explorar o índice do livro com as crianças e perguntar que aventuras parecem acontecer ao longo dos capítulos.
Combine que você vai ler alguns capítulos desse livro para que todos possam conhecer um pouco dessas aventuras.
Prepare a leitura em voz alta dos capítulos:
- A Cartinha do Polegar
- Começa a mudança para o Sítio
- Peter Pan e Capinha Vermelha


Após a leitura de A Cartinha do Polegar, explore, na conversa com seus alunos, o que eles acham que poderá acontecer no Sítio quando todos esses personagens, do mundo da fábula, se mudarem para lá; faça uma lista dos personagens conhecidos e desconhecidos; pergunte como eles pensam que Dona Benta irá fazer para que todos tenham suas casas e fiquem bem acomodados; converse sobre se eles acham que Emilia, Narizinho, Pedrinho e Visconde vão se dar bem com todos esses personagens diferentes; pergunte, ainda, qual opinião eles acham que Tia Nastácia vai ter sobre essa mudança.
Registre as ideias dos alunos num cartaz.
Após a leitura de Começa a mudança para o Sítio, retome esse cartaz para ver se a leitura deu alguma pista que ajude a saber se as ideias da classe estavam parecidas ou diferentes das de Monteiro Lobato ao escrever o livro.
Após a leitura de Peter Pan e Capinha Vermelha, discuta com a sala os acontecimentos mirabolantes que aparecem ali. Caso eles tenham dúvidas sobre alguma parte, volte ao texto e releia o trecho em questão, pedindo que todos compartilhem com os colegas como entenderam aquele trecho, contribuindo, você também, com suas impressões.
Em seguida, retome mais uma vez o cartaz e as hipóteses que a classe tinha sobre o desenrolar da história no livro, perguntando aos alunos se mudariam algo daquele cartaz.
4ª etapa - Roda de biblioteca explorando livros de Monteiro Lobato
Para finalizar a sequência, organize uma roda de biblioteca (que pode acontecer na sua sala ou na biblioteca da escola) para apresentar para seus alunos outros livros de Monteiro Lobato que fazem parte do acervo da escola ou da biblioteca pública de sua cidade.
Organize os alunos em roda e apresente os livros um a um, lendo o título, explorando capa e contracapa, mostrando onde fica o índice, compartilhando algumas ilustrações. Combine um tempo para que eles possam explorar, por si próprios, esses livros, orientando os alunos a, num primeiro momento, escolher um livro e observá-lo sozinho, procurando descobrir que personagens aparecem ali e pistas do que acontece naquela história; depois, eles devem compartilhar seus achados com uma dupla. No final, todos voltam a se sentar em roda, para que, aqueles que desejarem, compartilhem com a sala o que descobriram ao olhar os livros.
Nessa rodada de conversa final, procure ressaltar essas descobertas dos alunos. É provável que eles consigam observar que existem personagens que aparecem em todos os livros, como Narizinho, Pedrinho, Emilia, Visconde, Dona Benta e Tia Nastácia, que as ilustrações são diferentes de edição para edição, que existem muitos livros escritos por esse autor etc.
Pergunte a seus alunos o que eles esperariam encontrar num novo livro de Monteiro Lobato, em relação a personagens, lugares, histórias, aventuras e, se possível, disponibilize livros do autor para empréstimo. Assim, seus alunos vão poder continuar a se encontrar com esse autor, criando suas próprias trajetórias de leitura.
Avaliação
Avalie, ao longo das etapas da sequência, se seus alunos estão sendo envolvidos pela leitura, se compartilham suas impressões nas rodadas de intercâmbio de ideias após a leitura em voz alta de cada capítulo e se eles estão mostrando ter uma maior familiaridade com o autor.

Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIA

Folclore para o pré....legal....

Educação Infantil

> Pré-escola - 4 e 5 anos

> Linguagem oral, leitura e escrita

Bumba-meu-boi: o folclore do Maranhão na pré-escola

Incorporar os saberes da cultura popular aos conteúdos é um dos desafios da escola. E esse trabalho deve começar já na Educação Infantil

Cristiane Marangon, de São Luís mailto:novaescola@atleitor.com.br
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Assim como em todo o Brasil, a festa junina no Maranhão tem fogueira, bandeirinhas e comidas típicas. Mas tem também um diferencial, o bumba-meu-boi. Quando terminam os festejos natalinos, os grupos de bumba-boi, como são chamados, iniciam as reuniões que duram até o fim de abril. Nesses encontros preparam enredos, músicas e coreografias. Em maio começam os ensaios, que vão até 13 de junho, Dia de Santo Antônio. A apresentação só acontece no batizado do boi, que ocorre na véspera de São João, dia 23. Aí se inicia uma grande festa sem hora para acabar. No dia 28, véspera de São Pedro, outro arrasta-pé e no dia de São Marçal, 30, todos se reúnem para a última comemoração.
O bumba-meu-boi está incorporado ao cotidiano maranhense e, como não poderia deixar de ser, já fazia parte do calendário escolar, embora apenas como entretenimento no final do primeiro semestre. Foi por isso que a professora Roselene da Silva Gonçalves, do Jardim de Infância Nielza Lima Matos, em São Luís, decidiu criar o projeto Vivendo e Aprendendo a História do Bumba-Meu-Boi. O objetivo era explorar a brincadeira e suas diversas formas de representação, chamadas de sotaque. "As manifestações artísticas e culturais maranhenses se encontram arraigadas no coração e na alma de nosso povo", diz Roselene. "Porém, na maioria das vezes a transposição desses valores se dá de forma superficial, propiciando, no máximo, um reforço do entendimento de questões que eles já conhecem independentemente dos conteúdos escolares."

O trabalho começou com uma aula na praça folclórica São Roque, em frente à escola, no bairro de João Paulo. "Ela é um marco na cidade", afirma a professora. "No Dia de São Marçal, os brincantes, como são chamados os participantes da festa, finalizam ali as comemorações." A intenção de Roselene era despertar a curiosidade e, durante o tempo em que estiveram na praça, ela e os alunos conversaram sobre a importância do espaço.

Muitas dúvidas surgiram, como quem inventou o auto, por que alguns foliões usam chapéu de fita e outros de pena, onde fica o boi depois da dança etc. Roselene anotou tudo para saber por onde conduzir suas aulas. A professora do curso de Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Neide Barbosa Saisi diz que é importante perceber o interesse dos alunos. "Com isso ela captou o rumo do olhar da criança", afirma Neide.
Síntese do trabalho
Tema: Valorização da cultura regional

Objetivo: Conhecer os valores e as tradições culturais nativas; desenvolver atitudes de respeito e solidariedade necessárias à preservação e continuidade do folclore; promover a criatividade por meio de atividades com música, dança, desenho e confecção de fantasias; aproveitar o tema para trabalhar outros eixos curriculares como Linguagem Oral e Escrita, Matemática e Natureza e Sociedade

Como chegar lá: O primeiro passo é fazer uma discussão em grupo que revele o que as crianças sabem sobre o assunto e quais são as dúvidas. Pesquise e em seguida escolha um museu onde os alunos possam entrar em contato com os elementos do folclore. Produza todos os elementos necessários e marque uma apresentação

Dica: Se não tiver um museu na cidade, reúna livros e materiais que os pais, colegas ou a comunidade têm em casa
Participação dos pais
Com as perguntas iniciais levantadas, Roselene reuniu pais e alunos para apresentar o projeto e saber o quanto as famílias conheciam sobre o folclore. Percebeu que nem mesmo os pais tinham muitas informações. "As pessoas brincam o bumba-meu-boi sem saber seu real significado", explica Roselene. "Só quem participa da festa conhece a história verdadeira."

Seguindo em paralelo com o cronograma da festa maranhense, Roselene levou a turma ao Centro de Cultura Popular Domingo Vieira Filho. Queria pô-la em contato com as tradições. O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil diz que esse tipo de vivência desde o início da vida escolar é fundamental, pois nessa fase ocorre a construção da identidade, o desenvolvimento da autonomia, a descoberta da importância de cada um na sociedade e a necessidade de preservação de tradições e valores que a sustentam. É um desafio da escola focar o currículo nos saberes da cultura popular.

As crianças assistiram a palestras e projeção de vídeo e conheceram os diferentes sotaques. Com as dúvidas iniciais esclarecidas, o boi-de-orquestra foi eleito como estilo a ser representado. Era chegada a hora de pôr o conhecimento em prática. 
O auto do bumba-meu-boi
O teatro encenado pelo povo maranhense também é chamado de matança do boi. A festa surgiu com o ciclo econômico do gado e sofreu influências indígena, portuguesa e negra. A brincadeira é aberta a todos, homens e mulheres, idosos e crianças, e conta a história de Pai Francisco e Catirina, sua mulher, que moravam em uma fazenda onde ele era vaqueiro escravo. Grávida, Catirina deseja comer a língua do novilho de estimação do rico fazendeiro e pede a seu marido que satisfaça sua vontade. Mesmo contrariado, Pai Francisco atende ao pedido da mulher para que o filho não nasça com problema de saúde. Quando inicia a matança, ele é descoberto. O casal foge com o animal, mas, sendo aquele o boi predileto do patrão, inicia-se uma busca. Depois de várias tentativas, os índios acham os fugitivos e o boi morto. Todos são levados à presença do patrão e o curador é chamado para ressuscitar o boi. Enquanto isso, Pai Francisco apanha muito e é obrigado a ajudar no trabalho de ressurreição. O animal, então, ressuscita com um grande urro e o casal é perdoado. Segue uma festa com comidas, bebidas, cantorias e danças a noite toda.

Os sotaques são os ritmos musicais utilizados nas toadas. Cada um possui instrumentos específicos que determinam a batida e as evoluções dentro da brincadeira. Os mais tradicionais são matraca, zabumba e orquestra. Além destes, existe o sotaque de pindaré, também conhecido como pandeirões.
 Música e movimento

Nesse momento foi possível atender a alguns objetivos gerais sugeridos pelo Referencial. Em Movimento, por exemplo, os alunos tiveram de ensaiar, embora já soubessem dançar o bumba-meu-boi, que otimiza a percepção de um ritmo comum e a noção de conjunto. Em Música, todos os instrumentos puderam ser utilizados, procurando valorizar as diferentes regiões, assim como aqueles construídos pelas crianças. Roselene estimulou ainda a criação de uma canção para ser apresentada no dia da festa, detalhando mais o trabalho com a audição, o que é recomendado nessa faixa etária.

No campo das Artes Visuais, além de visitar o museu as crianças maranhenses produziram fantasias, desenhos e alguns instrumentos. As roupas exigiram uma mãozinha da família. Os pais se envolveram e, durante dois dias, trabalharam em oficinas. "Foi um momento de integração", garante Roselene.

O projeto, que começou em abril, terminou em junho com a festa do bumba-meu-boi do município. "Tenho certeza de que essa turma aprendeu muito mais do que as anteriores, pois ela vivencia a cultura popular", conclui satisfeita a professora.

Outros conteúdos
Além de estudar o folclore, Roselene aproveitou os quase três meses do projeto para abordar outros conteúdos. "A integração de vários eixos curriculares dá mais consistência ao projeto", comenta Neide. "Isso só acontece quando a escola se apropria do tema, no caso o próprio cotidiano."

A turma exercitou a leitura e a escrita de textos sobre o boi. No eixo curricular Linguagem Oral e Escrita, a criança que ainda não sabe ler de forma convencional pode ouvir a leitura do professor. Isso promove a ampliação do universo discursivo por meio do conhecimento variado de produções escritas, apresentação oral, entrevistas etc.

Em Matemática, os alunos passaram a distinguir figuras geométricas, comprimentos, tamanhos e quantidades. Trabalhar noções matemáticas atende às necessidades da criança para viver, participar e compreender um mundo que exige diferentes saberes e habilidades. Em Natureza e Sociedade, a turma discutiu a utilidade do boi como animal para o ser humano e fez uma pesquisa com pessoas da família que são brincantes.

Na Educação Infantil, como em outros níveis escolares, o conhecimento prévio é essencial. Todo professor deve levar isso em consideração porque é preciso partir do que a criança já sabe para depois disponibilizar novos conteúdos. "Todo o movimento que a educadora fez é louvável", elogia Regiane. A forma de buscar, pesquisar, trabalhar em grupo, contextualizar, tudo isso é importante na pré-escola porque é o primeiro contato dos pequenos com as diferentes formas de aprender. "Não importa o que ele vai estudar no futuro. Com certeza vai sempre se lembrar de que foi na Educação Infantil que aprendeu a ser estudante."
Quer saber mais? Jardim de Infância Nielza Lima Matos, Pç. Ivar Saldanha, s/n.º, CEP 65040-720, São Luís, MA,
tel. (98) 211-3141

Alfabetização cartográfica.... muito bom.

Ensino Fundamental 1

> Geografia

> Paisagem Local

Sequência Didática

Leitura e análise de mapas e imagens

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Objetivos
- Identificar elementos em uma foto ou imagem de um lugar conhecido.
- Fazer um croqui, identificando as feições principais do lugar.
- Generalizar informações da imagem e criar uma legenda.

Conteúdos
- Elementos de um mapa.
- Produção cartográfica.

Anos
4º e 5º.

Tempo estimado
Três aulas.

Material necessário
Cópias de imagens aéreas ou fotos de satélite dos bairros que ficam ao redor da escola (podem ser retiradas do Google Earth ou Google Maps), papel vegetal, lápis, borracha, lápis de cor, fita adesiva e papel sulfite.

Flexibilização
Para alunos com deficiência visual
Para incluir alunos com deficiência visual, além de utilizar imagens com elementos destacados em relevo, é possível trabalhar a descrição das paisagens, feita com base em textos escritos pelos próprios alunos e construir uma maquete simples dos arredores da escola. No lugar da identificação por letras, proponha a classificação com outros materiais, de texturas diferenciadas - alfinetes, tachinhas etc. Ofereça ao aluno cego o mapa em relevo e peça para que construa o croqui pontilhando os contornos. Ele também pode usar barbantes para fazer isso. Amplie o tempo de realização desta etapa e estimule as discussões em duplas ou em pequenos grupos. Isso contribui para que o aluno consiga acompanhar com mais detalhes o trabalho realizado. Registre todas as observações e faça com que o aluno tenha as anotações em braile. Antecipe as etapas da sequência e proponha ações em conjunto com o responsável pela sala de recursos para reforçar os conteúdos trabalhados.

Desenvolvimento
1ª etapa
Proponha que os alunos, em duplas, observem a imagem e falem sobre o que estão vendo. Oriente que identifiquem áreas ocupadas com moradia, rua de comércio, terrenos baldios e outras feições que se destacam na área. Pergunte o que mais identificam. Organize com a turma a identificação desses elementos, indicando-os por letras. Eles devem escrevê-las sobre a imagem.

2ª etapa
Mostre aos alunos como são obtidas essas imagens. Se usar imagem do Google Earth ou Google Maps, explique que se trata de um programa de computador que tem por finalidade apresentar um modelo tridimensional da Terra organizado com base em imagens de satélite obtidas de diferentes fontes. Oriente os estudantes a observar os tipos de ocupação.

3ª etapa
Peça que colem, com uma fita adesiva na parte superior, uma folha de papel vegetal sobre a foto (de maneira que possam levantá-la para observar). Eles vão fazer um croqui da imagem com base nas observações e nos registros realizados na etapa anterior. Diga que iniciem pelas letras que foram escritas sobre a imagem, marcando-as sobre o papel transparente. Depois, devem delinear as principais ruas, avenidas e praças da área representada. Dependendo da escala da imagem, eles poderão escrever o nome das ruas. Coletivamente, construa uma legenda para identificar os tipos de ocupação do solo que ocorrem na área representada na imagem (áreas construídas, verdes, desocupadas, industriais, pastagem etc.). Oriente a turma a pintá-las no papel transparente com as cores correspondentes. Ao término do croqui, peça que escrevam como título o nome da área abrangida (nome do bairro, por exemplo). Em seguida, eles devem inserir uma folha de papel em branco sob o papel transparente e observar o croqui.

4ª etapa
Peça que comparem o croqui com a imagem e digam que diferenças notam entre esses dois tipos de representação do espaço. Faça uma roda de discussão sobre o trabalho. Pergunte como a atividade ajudouos a pensar sobre como são feitos os mapas. O que eles fizeram? Por quê? O que aprenderam? Que dúvidas ainda permanecem? O que gostariam de saber mais? Os alunos poderão anotar suas conclusões e produzir um texto com base nas questões acima.

Avaliação
Registre as dificuldades apresentadas pelos alunos durante as aulas, de maneira que tenha indicativos para atividades complementares. Ao ler os textos, avalie se eles alcançaram os objetivos definidos no início.
Consultoria: Rosângela Doin de Almeida
Livre-docente em Prática de Ensino de Geografi a pela Unesp.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Certo ou errado ??????????

A lei de cada um
Martha Medeiros
Wesley Ramos é um menino de 11 anos que mora nos arredores de Sorocaba, SP, e que foi homenageado semana passada pela prefeitura da sua cidade por ter devolvido uma bolsa à dona e tudo o que nela havia, documentos e dinheiro inclusive. Foram concedidas honrarias públicas para o menino honesto.
A cada vez que isso é destacado no jornal, me sinto uma extraterrestre. Viver num país onde os atos que deveriam ser corriqueiros viram manchete é um sintoma da nossa deterioração moral. No jornalismo, existe uma máxima que diz que notícia não é um cachorro morder uma pessoa, e sim uma pessoa morder um cachorro. Wesley, que devolveu o que não era seu, mordeu um cachorro.
O comum tornou-se incomum porque nos habituamos a tomar atitudes desconectadas da ordem social. Na hora de bravatear, somos todos imaculados, os reis do gogó, que salivam de prazer ao apontar as falhas dos outros, mas, na hora de seguir a lei dos homens, refutamos a coletividade e tratamos de seguir nossa própria lei. E a lei de cada um é a lei de ninguém.
A estrada, o lugar mais superpovoado do verão, oferece um demonstrativo desse "cada um por si" que leva a catástrofes. A faixa amarela contínua serve para os outros, não para o super-herói do volante que enxerga mais longe e melhor do que os engenheiros de trânsito. Quantas doses de álcool se pode beber antes de dirigir? Para a lei geral estabelecida, nenhuma. Para a lei de cada um, o limite é decisão pessoal.
Choramos pelos mortos que ficam soterrados nas encostas por causa da chuva, mas dai-nos um terreninho em cima do morro e com vista pro mar, Senhor, e daremos um jeito de conseguir um alvará irregular.
A corrupção é generalizada. Na hora de espinafrar os Arrudas que surgem na tevê, somos todos anjos, mas quando surge uma oportunidade de facilitar o nosso lado, de encurtar caminhos, mesmo agindo incorretamente, não existe lei, não existe ética, existe apenas uma oportunidade que não se pode desperdiçar, coisa pequena, que mal há?
Honestidade e ética dependem unicamente do ponto de vista do cidadão: quando ele enxerga o outro fazendo mal, condena. Quando é ele que age mal, o mal deixa de existir, é apenas uma contingência. Essa miopia se corrige como?
Ninguém está imune a erros, mas seria um alívio se nossos erros se mantivessem na esfera particular. Quando agimos como cidadãos responsáveis pelo bem público, o erro de caso pensado deveria ser um crime. Aliás, é crime. Mas somos hipócritas demais e há muito que invertemos os princípios básicos da cidadania. Wesley foi homenageado por não ser mais um a inventar a sua própria lei, e sim por ainda acreditar na lei de todos.
Fonte: Jornal "Zero Hora" nº. 16214, 13/1/2010.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

domingo, 21 de agosto de 2011

Ensino médio ..... um desafio....

Um texto show:
http://www.coluni.ufv.br/revista/docs/volume01/desafiosPossibilidades.pdf

Texto interessante

Para quem trabalha com EJA...é um texto bem instrutivo

http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/O_EDUCADOR_CRIANCA.pdf

Alguns links para trabalhar com o pré....

URL: http://www.cidadedamalta.pt/

http://www.sitiodosmiudos.pt/

 http://www.clickin.pt

 http://www.educateo.pt/

http://criancas.clix.pt/

http://www.minerva.uevora.pt/internet-segura/

 http://www.naturlink.pt/

http://www.fc.up.pt/qui/educa/index.html

 http://www.ncit.pt/baixinhos/

http://www.en.eun.org/vs/primary/primary.html

http://www.momes.net/education/index.html

http://www.looklearnanddo.com/documents/home.html

 http://www.brainpop.com/

http://www.scoilnet.ie/

http://members.xoom.com/_XMCM/Claudiava/index.htm

 http://www.teachers.net/

http://faldo.atmos.uiuc.edu/CLA/

E aqui um trabalho interessante para quem trabalha com a educação infantil....

http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/O_EDUCADOR_CRIANCA.pdf

sábado, 20 de agosto de 2011

Pensamento

Ser professor, ser professora é um privilégio. É cuidar da humanização e da dignidade das pessoas. Vamos lutar por melhores salários, melhores condições de trabalho, bibliotecas, prédios mais bonitos e mais adequados.
Mas, juntamente com isso, vamos assumir nossa missão pedagógica, vamos investir no nosso ambiente de trabalho, vamos transformar nossas escolas em espaços de aprendizagem, de formação continuada, aprendendo, dentro da escola, as novas exigências da nossa profissão.

Educar, Curitiba, n. 17, p. 153-176. 2001. Editora da UFPR
LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos...

LEMBRETE DO QUINTANA.......

Só um lembrete do Quintana ...

'A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo:
 Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, pois a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'
(Mário Quintana)